Talvez

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“Talvez eu me case. Talvez não. Talvez eu viaje pelo mundo. Talvez viaje apenas pela mente. Talvez os meus planos para o futuro funcionem. Talvez eu quebre a cara. Quem é que sabe? É possível que eu morra velhinha, com três netos e um bisneto. E é possível que minha luz se apague no meio de uma tarde quente, no trânsito, no mar ou no asfalto, aos 23. Tudo pode acontecer. E quem é que sabe? O vento do mundo pode me carregar para um lugar distante do que conheço, assim como uma brisa pode me trazer de volta. O mesmo sopro que pode me acender num instante, pode me apagar no segundo seguinte. E, no entanto, eu vivo. Talvez eu nunca me torne a pessoa que quero ser. Talvez eu vire alguém ainda melhor. Ou pior, nunca se sabe. É certo que escolhemos o nosso rumo, mas quem sabe as opções que nos serão dadas? Talvez eu seja e talvez eu morra tentando. A vida é um mar. Ou um marasmo. Talvez eu me afogue, talvez conquiste um novo continente. Quem é que sabe?”
— rio-doce

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