Como ~superar~ aquele amor

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Certa vez uma amiga perguntou como fazia pra esquecer um amor, alguém especial… Eu respondi que não sabia, mas que ficaria atenta a qualquer resposta.

Eu gosto de colecionar amores. Seja um amor imaginário de livros, seja um amor por comidas diferentes, por uma cor… Mas sou bem difícil de amar as pessoas. Não parece, porque hoje em dia tenho muitos amigos que eu tenho o prazer de falar com todas as letras que amo, tenho meu namorado de longa data que é o amor da minha vida e até meu cachorrinho que amo muito, mesmo com toda a sua lerdeza.

Porém, na realidade, amar alguém é bem complicado e não acredito que aconteça como nos filmes da Disney, de só bater o olho e começar a cantar junto. Pra amar alguém, na minha opinião, é necessário que se tenha uma história com essa pessoa. Não precisa necessariamente ser longa, tipo uns cinco anos, mas que te marque de algum jeito, que te ensine algo.

Quando você tem essa história, você constrói um relacionamento e, as vezes, cultiva um amor. E depois que o amor existe não tem como apagá-lo. Ou ele se torna uma lição, uma fase ruim ou até um ~momento~. Esse amor que você quer esquecer será sempre uma lembrança.

Quando ouvir uma música que foi ~aquela~ pessoa que te indicou, quando ouvir certas expressões ou ver uma situação parecida com a dela, aquele sentimento tá ali. Não que você vai AMAR PRA SEMPRE E AIMEUDELLS. Você passa a entender que essa pessoa não estava ali pra ficar contigo, foi uma possibilidade e que haverão mais algumas e pode acontecer novamente.

Você vai amar outras pessoas sim, depois daquela decepção amorosa. Você vai dar certo com alguém eventualmente. Mas pra gente crescer e aprender certas coisas, precisamos encontrar quem nos ensine, e algumas vezes a gente quer que fique pra sempre alguém que veio apenas de passagem.

Então, minha amiga, acontece que você não vai esquecer. Mas vai entender que não era pra ser.

 

Temos que nos perder, para nos encontrar

Imagem de girl, vintage, and indie

Se não vai cair de cabeça

nem se atreva

não vou nem ligar, afinal, é só mais um fim

no meio desses montes de histórias românticas

tínhamos tudo pra dar certo

mas então você me fez escolher

meu bem, sempre será eles

porque com eles não tem final

e se tiver, é feliz

porque com eles minha loucura não é problema

posso ser eu mesmo, sem julgamentos, sem vergonha

sou louca

e moro num hospício

minha história parece alucinação

e meus amigos são insanos

se não vai cair de cabeça

se afogar, sem controle de nada

nem se atreva

morrerá são, seco e sozinho

e eu, cheia de amigos e histórias pra contar

tudo seu é planejado

e eu gosto de deixar acontecer

porque você faz rotas e segue metas

faz passeios e só vai em pontos turísticos conhecidos

e eu gosto de caminhar pelas vielas anônimas

e aproveitar a beleza simples

gosto de fazer meu próprio caminho

e assim eu me divirto

você morrerá cheio das mesmas fotos

postadas em peso nas redes sociais

eu morrerei completa

afinal temos que nos perder

para nos encontraR.

O dia que eu matei meu cacto e a lição que aprendi

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Sou desse tipo de pessoa. A que sufoca, a que cuida, a que, independente do laço afetivo, se me lembrar de você, vou mandar alguma foto, algum sinal de que você existe pra mim. Sofro com isso? Claro.

Uma vez ganhei um cacto de presente. Adorava, achava lindo e minha mãe disse que “era a coisa mais fácil de cuidar”. Fiquei feliz com isso, já que sou desligadíssima com muitas coisas da vida. Porém, eu matei o meu cacto. Fiquei superchateada, porquê QUE TIPO DE PESSOA ESTÚPIDA MATA UM CACTO?  Foi amor de mais, foi importância de mais, foi água demais… E ele morreu.

Usei minha história triste sobre meu lindinho cacto morto pra ilustrar algumas relações. Exatamente, aquela pessoa que não é aquilo tudo na tua vida e você trata como se fosse. Eu sei que é inconsciente, migos, eu matei meu cacto,  porém temos que controlar a quantidade de amor que derrubamos, AFOGAMOS, algumas pessoas.

Isso é importante para termos relações sadias com os amigos, com o amordatuavida, com teu cão. Já que saudade e espaço pessoal são muito importantes para todos nós. Afinal, sabe quando você acha sua mãe uma chata porque ela pega no seu pé, fica com aquelas perguntações intermináveis, etc? Então, não seja ela.

Achei essa imagem por aí. Ela me lembrou desse fato do cacto morto e me fez parar pra pensar mesmo. Encarnando o Platão, pensei mesmo em como isso se refletia nas relações. Primeiro, claro, pensei nas minhas relações, e eis que surge o texto acima. Depois, pensando no geral o texto abaixo.

Todos nós somos seres complexos, cada qual com a própria maneira de ser, composto por seu próprio universo de coisas, pensamentos, manias, vocabulários, costumes, cultura, e as milhares de coisas que nos fazem ser únicos.

Isso quer dizer que nem todo mundo vai gostar de contato físico com uma pessoa que, ok, é seu amigo, mas você não tem aquela ~sensação de liberdade~; ou até que todo mundo vai ser amigo de sair com o outro pra balada todo fim de semana ou pra comer um subway normalmente.

Toda pessoa é diferente e trata diferentemente as pessoas com as quais ela convive. As pessoas de um mesmo círculo de amizade podem parecer que tratam todas igualmente, porém não é assim, tem sempre aquela que você tem mais ou menos afinidade, a pessoa que você pode contar seus segredos ou aquela que você procura pra ouvir os casos e rir da vida. Cada pessoa tem uma plantinha interior, que precisa de quantidades diferentes de luz e água, diferentes cuidados.

Não quero que fiquem paranoicos com isso. Quero que pense muito bem na relação que está tendo com as pessoas ao seu redor. Quero que pense se está dando amor demais a uma certa plantinha a ponto de sufocá-la, ou se está cuidando apenas de uma, em especial, e esquecendo as outras. Quero que tome cuidado com essa coisa extraordinariamente complicada, que somos nós seres humanos…

Estou viajando na maionese demasiadamente, efeito das férias antecipadas da faculdade. Perdoem o falatório e não desistam de mim.       Bejo.

 

Se você for

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Sabe, as vezes a vida te joga pra longe, como um bumerangue, mas assim como tal, você volta. Sei que vai se afastar, mas tenho esperança que você seja uma dessas pessoas que vão e voltam. Fique de olho na rua, e nas pessoas que se esbarram em você. Uma delas pode ser eu. E enfim, eu amo você demais pra te deixar ir sem nem ter a remota possibilidade de eu voltar a te ver. Desculpa se eu um dia te magoei, se fiz algo pra isso, tenha certeza absoluta que não foi por mal. É que eu sou uma pessoa expansiva, exagerada… As vezes passo dos limites. Culpa do signo, sabe? Ignora isso aí, esqueci que não acredita nisso, ou melhor, em quase nada. Se eu te irritei, bem, agora sabe o motivo. Sim, tenho essa mania quando me aproximo demais de alguém. Eu me preocupo demais, me intrometo demais, irrito e tento de todas as formas estar envolvida de todas as maneiras. Mas aí é que tá: faço isso tudo, porém não dou o braço a torcer. Nunca vou admitir isso pra você, cara a cara, mas sou orgulhosa demais e medrosa também para colocar o coração pela boca e falar dos meus sentimentos. Acredito que por isso que tudo seja tão intenso comigo: fica tudo guardado, embolado aqui dentro e acaba virando uma bola de fogo que consome tudo. Mas não soltarei por mais que queime, por mais que doa. Por mais que você vá embora agora e me deixe só. Como disse, não acredito no NUNCA com a gente. Se você for, eu sei, bem lá no fundo, que a gente vai se ver pela vida.

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Para meu único tesouro

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Não ligaria se fôssemos aquele tipo de casal que divide o podrão na rua, porque ão tem dinheiro pra comprar dois. Não ligaria se nossa casa tivesse poucos cômodos, se o nosso quarto de dia virasse sala, se a cozinha fosse junto com a copa ou se dormíssemos no sofá. Não ligaria de economizar na açúcar do café ou na água do banho – se nas duas ocasiões você tomasse comigo. Eu não me importo de sair de ônibus, de contar o troco pro pão em que cada moedinha vale. Meu amor, entenda: eu não ligo pra riquezas, pra luxos desnecessários, pra ostentações… Se eu tiver você comigo.

mil oitocentos e bolotas…

2jpgNum belo dia, logo após o meu aniversário, a pessoa (dona de todos os meus poemas e poesias e pensamentos diários) resolveu me levar pra um lugar que é aqui pertinho de mim e eu nunca tinha ido.

Se planeja visitar Ouro Preto, prepare-se para belas caminhadas, leve um bom par de sapatos e câmera bem carregada! A cada viradinha dessas ruas curvas, você encontra um novo achado, seja ele uma lojinha toda enfeitada com coisas bem hippongas ou um pub, o Calabouço! A noite, a cidade se ilumina. Nós aproveitamos do melhor jeito, jogados na Praça Tiradentes, no centro da cidade, curtindo o bom e velho MPB de um show patrocinado por um dos cafés. A beleza das minas e das igrejas, o Museu de Mineralogia (no qual nos perdemos no meio de tanta pedra hahaha!), a nossa pousada aconchegante… Tudo isso contribuiu para este ter sido um dos melhores passeios da minha vida!

Quer conferir as fotos?

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Enfim, espero que tenham gostado! Bêjo

Sessão pipoca: primeiros filmes do ano

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Hoje eu não acordei muito bem. Odeio esses malditos Dias Picles que insistem em surgir no meu calendário, me trazendo medos de coisas que não existem, inseguranças e uma vontade enorme de chorar assistindo filmes que eu sei que vão ligar o “on” na minha fábrica de lágrimas.

Primeiro, eu quis assistir o filme que a Fernandíssima mais me indicou em, pera, todos esses anos desde que lançou? Sim. A Escolha Perfeita adoçou um pouquinho o meu dia amargo.

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Sinopse do AdoroCinema: O The Barden Bellas é um grupo formado apenas por garotas, que apostam no visual perfeito e em sucessos pop para atrair o público da escola. Entretanto, após uma apresentação desastrosa na competição de fim de ano, suas integrantes decidem repensar o grupo. É quando surge o convite para que Beca (Anna Kendrick), uma DJ aspirante que não tem o menor interesse na vida colegial, integre a nova banda. De início Beca descarta completamente o convite, mas após conhecer Jesse (Skylar Astin), que integra uma banda formada apenas por garotos, ela resolve aceitar o convite e passa a ajudar as integrantes do The Barden Bellas a encontrar um novo visual.

É um filme maravilhoso, daqueles gostosos que descem como água? É muito engraçado, diferente (tá, bem mais ou menos: é um musical, da faculdade, mas os cantores são cantores acapella) e te deixa com vontade de cantar junto.

Porém, me deixou com saudades de todo mundo. Quando me disseram que você nunca vai esquecer o seu Ensino Médio, não acreditei nadinha. Pensei que fosse apenas passar, como todos os anos até ali. Mas o último ano, mesmo que não tenha sido maravilhoso nos termos convencionais, foi maravilhoso pra mim, a sua maneira. E quanta gente deixou meu coração pequenininho com a promessa de “nos vemos um dia”…

Enfim. Como não consegui soltar aquele nó na garganta e sim aumentando ainda mais, comecei a ver Simplesmente Acontece, com a Clary de Cidade dos Ossos (LEIAM O LIVRO, ESQUEÇA O FILME) e com o Finnick  de Jogos Vorazes.

Aí, o chororô reinou. Estou degustando devagar a mensagem do filme e acho que só vou conseguir engolir amanhã.

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Mais uma do AdoroCinema: Os jovens britânicos Rosie (Lily Collins) e Alex (Sam Claflin) são amigos inseparáveis desde a infância, experimentando juntos as dificuldades amorosas, familiares e escolares. Embora exista uma atração entre eles, os dois mantêm a amizade acima de tudo. Um dia, Alex decide aceitar um convite para estudar medicina em Harvard, nos Estados Unidos. A distância entre eles faz com que nasçam os primeiros segredos, enquanto cada um encontra outros namorados e namoradas. Mas o destino continua atraindo Rosie e Alex um ao outro.

O filme é bem parecido com o meu queridinho “Um Dia”mas ao mesmo tempo é bastante diferente. Tem a história dos amigos desde sempre que se apaixonam mas não querem estragar a amizade com os próprios sentimentos, então seguem a vida levando aquela amizade (que é bem na cara que não é só aquilo), levando vidas superdiferentes. Também me fez querer ler o livro (mesmo que a autora seja a mesma que escreveu o péssimo P.S. Eu Te Amo).

Eu me apaixonei pelos dois e recomendo a você, que talvez esteja num Dia Picles, ou melhor, PEPINO.

Motivo: conto pra vocês em outro post. Beeeijo ❤

Mais um, por favor.

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Mais um shot de tequila. O jazz já se ouve baixinho, quando a música está prestes a acabar, e vai se perdendo num interminável “ba tum ts”. Droga.

Coloco a mesma música novamente. E sou tragada de novo pra maré de lembranças em que insisto me afogar. Cadê meu colete salva-vidas quando se precisa de um?

Você. Era tudo o que me vinha na cabeça. Aliás, o que costumava ser.

Depois desse ano tudo mudou, nós, as nossas vidas, nossos destinos… Porém não pensei que seria assim tão drástico e duro e rápido, como foi. Você deu a entender que tudo bem, que sabia que ia acontecer de qualquer jeito, então porque não encarar logo de uma vez? Pra mim foi… bem. Sou acostumada a pessoas que pelo menos enrolam, que marcam encontros sem nem falar data ou hora ou lugar, esses encontros que ficam só na promessa, como que para relembrar que “talvez um dia”, que “sim, eu lembro de três anos atrás” ou até “você costumava ser meu amigo”.

Acho que é por isso que nos tornamos tão próximos. Sempre foi essa coisa na lata. E se continuamos até aqui era porque isso que tínhamos era/é verdadeiro.

Lembro daquele dia, tomei meu primeiro shot de tequila na raça, junto contigo. Tocou a nossa música e dançamos na chuva. Você me fez rir. Foi uma bela despedia, admito. A mais bela que eu poderia imaginar, mas também a mais real. Não teve beijinhos de despedidas ou promessas para uma nova era. Era um grande, enorme, reluzente talvez. Sim, poderíamos nos esbarrar qualquer hora. Sim, podíamos marcar de almoçar (com datas e horários) e quem sabe acontecesse mesmo.

Mas sabíamos, naquele dia, que aquilo era a conclusão de um ciclo. E nós, naquele final e nesse início de algo, não existe mais. Nós fomos. Apenas.

Você se lembrará de mim, tenho certeza disso, afinal me confessou, bêbado, que nunca se esqueceu. Nem mesmo quando ficamos um mês sem nos falar… Ah, corrigindo-me, três semanas (e me parece que contou todas elas). Acredito em todas as suas palavras daquela noite porque bêbados não mentem. É culpa da tequila, amigo, não se preocupe.

Mais uma, por favor. Coloque a música de novo?

Caso de amor deixado atrás da prova

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Noite de ano-novo e eu naquela bendita venda trabalhando para minha tia, já que ela não poderia se dar esse “luxo”. Foi ai que vi você. Com um gorro azul-marinho, cachecol cinza e uma jaqueta, o teu sorriso reluzia e me lembrava de todas as nossas gargalhadas e brincadeiras.

Vieram á tona todos aqueles momentos, as ligações de madrugada, os papéizinhos deixados em lugares estratégicos, com mensagens fofas para eu me lembrar de você.

As mãos dadas, os jantares, os joguinhos com o olhar. Aquele final de semana em que acampamos, que deu tudo errado, mas, no fim, estávamos juntos e felizes em um lugar no meio do nada, olhando as estrelas no capô do seu carro.

Todas as histórias me passaram pelos olhos assim que eu vi você.

– Hey, você?

– Sim… São R$15,90. Sacola?

– Sim. E então, como vai?

Queria lhe dizer que sentia sua falta todos os dias, que ainda guardo a blusa preta dos Stones que peguei na noite em que acampamos, que ainda penso em nós todos os dias e que quero você de volta. Que seja quem estiver errado, quem fez o que for… Isso não importa mais. Mas o que saiu foi:

– Bem. – entreguei a sacola – Até.

– Até.

Ele sorriu, pegou a sacola e por um pequeno segundo, um pequeno instante, sei que ele pensava nas mesmas coisas que eu, porque quando olhei em seus olhos vi as mesmas estrelas daquele céu, daquele fim de semana.